domingo, 22 de junho de 2014

As leituras que fazemos dentro de um corpo


e abri a porta que dava para o teu rosto legente.

Não disse nada, a ouvir nos teus olhos
o som da rua que entrava pelas janelas.

Sentei-me nos lugares dispersos do teu silêncio, e esperei
por ele
_ uniu-se a mim como o oxigénio e o hidrógenio
se unem em forma de água,
numa união tão rara, imponderável e banal
como os nossos corpos unidos a ler


[Maria Gabriela Llansol]

Sem comentários:

Enviar um comentário