domingo, 8 de junho de 2014

Eu tenho medo porque os teus erros sabem-me de cor


Sem o perdão das águas não posso viver. Sem o mármore final do céu não posso morrer.
Em ti é de noite. Em breve assistirás à corajosa exaltação do animal que és. Coração da noite, fala.
Ter morrido em quem se era e em que se amava, ter e não ter dado a volta como um céu ao mesmo tempo tormentoso e celeste.
Tivesses desejado mais que isto e ao mesmo tempo nada. 

[Alejandra Pizarnik]

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