quarta-feira, 22 de outubro de 2014

XXII


A fronte colada aos vidros como quem vela de mágoa
Céu da noite que já ultrapassei
Planícies minúsculas nas minhas mãos abertas
No seu duplo horizonte inerte indiferente
A fronte colada aos vidros como quem vela de mágoa
Procuro-te para além da espera
Para além de mim mesmo
E já não sei de tanto que te amo
Qual de nós está ausente.

[Paul Éluard]

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