sábado, 19 de dezembro de 2015

Chamou-lhe «paisagem sem ti» e eu digo «Essas são as que eu mais tenho»


fervem nos ombros
dos montes
as pedras do silêncio
e isto podia ser o mundo
ou a casa onde a morte
se cansa de mentir
no céu, só os restos
dum incêndio trabalham
esta febre do olhar
toda a tarde
te respiro por entre
as árvores submersas!
estou tão quente
como um fruto
que o sol ferrou
só, só eu
te sei cantar
até seres chuva
[gil t. sousa]

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